Os mitos estradeiros fazem parte da nossa rotina e na vida do caminhoneiro. A maioria desses mitos estão relacionados à mecânica dos caminhões e isso pode não só prejudicar o desempenho do veículo, mas também a vida do caminhoneiro.
Listamos aqui 5 dos principais mitos sobre a mecânica dos caminhões:
- A válvula termostática não tem utilidade
A válvula é uma peça que compõe o motor do caminhão, responsável por regular a divisão de fluxo de líquido de arrefecimento entre o sistema do radiador e o motor.
Quando o motor está frio, a válvula termostática mantém o líquido de arrefecimento circulando apenas no motor, com o objetivo de aquecê-lo mais rapidamente e se o motor estiver superaquecido, o líquido é transferido para o sistema do radiador.
No passado, as funções da válvula termostática não funcionavam muito bem, apresentando problemas frequentes aos caminhoneiros. Atualmente, esses defeitos são menos frequentes, porém, a má fama dessa peça ainda faz com que muitos motoristas optem por retirá-la.
Essa retirada provoca a redução da capacidade de arrefecimento do motor, pois o líquido deixa de circular entre ele e o sistema do radiador.
- Descer no ponto morto economiza combustível
Ao descer no ponto morto, a injeção libera mais combustível para fazer com que o motor possa continuar girando, ou seja, além de consumir mais combustível, também sobrecarrega os freios. E é uma prática extremamente perigosa.
- Óleo de mamona no chassi evita corrosão
Alguns caminhoneiros têm o hábito de, após lavar o caminhão, borrifar óleo de mamona no chassi. O que dizem é que esse óleo ajuda a preservar o veículo de corrosão, porém essa é uma prática condenável, pois o óleo de mamona funciona como se fosse uma cola, ajudando na adesão de poeira, minérios e sujeiras.
Além disso, existe outra desvantagem da utilização de óleo de mamona no chassi do veículo, é o fato dele ressecar materiais emborrachados, como as vedações do veículo. Em vez de óleo de mamona, o correto é a utilização de produtos neutros e adequados para a manutenção do caminhão.
- O radiador não precisa de aditivo
O aditivo no radiador tem a capacidade de transformar a água que está nele. O objetivo é ampliar os intervalos entre fervura e congelamento do líquido, ou seja, evita que ele superaqueça nas temperaturas mais altas ou congele nos invernos mais rigorosos.
O aditivo também possui propriedades anticorrosivas, protege assim as partes internas do motor contra corrosão e ferrugem.
- É necessário aquecer o motor do caminhão por 15 minutos
Costume herdado da época em que os caminhões não possuíam injeção eletrônica e óleos lubrificantes mais viscosos, o mito do aquecimento dos motores por 15 minutos passou de necessidade a costume sem justificativa.
Os tempos mudaram e o motor do caminhão aquece rodando, pois diversos componentes não recebem calor para serem aquecidos: eixo traseiro, caixa de transmissão, embreagem, freios e rolamentos.